10 Indicadores Fundamentalistas que todo investidor precisa conhecer


Olá!

Neste artigo iremos falar sobre alguns indicadores de análise fundamentalista, que todos os investidores, inclusive iniciantes, devem conhecer, ou pelo menos ter uma ideia do que se tratam.

Se você investe com foco no longo prazo, é de vital importância utilizar a Análise Fundamentalista e seus indicadores para entender os fundamentos de uma empresa, antes de tomar suas decisões de investimento. Isso pode aumentar suas chances de sucesso, ao escolher empresas de qualidade e com preços atrativos, assim conseguindo uma melhor relação risco x retorno.

O que é Análise Fundamentalista?

A análise fundamentalista é uma forma de avaliar empresas, com o objetivo de identificar o seu valor intrínseco (preço justo) e o potencial de crescimento futuro. Ela se baseia na análise dos fundamentos econômicos, financeiros e operacionais de uma empresa, como seus lucros, dívida, receita, margem de lucro, fluxo de caixa, entre outros aspectos.

A análise fundamentalista é geralmente usada para investimentos de longo prazo, pois leva em consideração o desempenho e perspectivas em uma janela de tempo mais longa. Ela é realizada por analistas financeiros e investidores institucionais, que avaliam os dados disponíveis para tomar suas decisões de investimento.

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Diferença entre Análise Fundamentalista e Análise Técnica

A análise fundamentalista é um método alternativo à análise técnica, que se baseia na observação do comportamento do preço dos ativos através de gráficos e indicadores técnicos. Enquanto a análise técnica é geralmente usada para especulação de curto prazo, a análise fundamentalista é mais adequada para investimentos de longo prazo, pois leva em consideração o desempenho e perspectivas futuras da empresa.




O que são indicadores fundamentalistas?

Os indicadores fundamentalistas são ferramentas que ajudam a coletar e organizar informações sobre uma empresa para avaliar aspectos importantes antes de investir. Quanto mais claras e transparentes forem essas informações, mais eficiente será a análise. Os indicadores financeiros não apenas mostram o desempenho passado e a saúde financeira de uma empresa, mas também fornecem parâmetros para projetar o futuro da mesma.

Muitos indicadores financeiros podem ser encontrados nas demonstrações contábeis das empresas listadas na bolsa, que são obrigadas a divulgá-los periodicamente. Analisar esses indicadores permite identificar os pontos fortes e fracos de uma empresa, o que pode ajudar a estabelecer metas de acordo com a realidade da empresa em que você deseja investir. Revisitar periodicamente esses indicadores também pode ajudar a readequar as estratégias de investimento de acordo com eventuais mudanças.

É importante lembrar que nenhum indicador deve ser utilizado de forma isolada para tomar decisões de investimento. Cada indicador pode distorcer ou esconder informações importantes sobre a empresa. A melhor estratégia é utilizar vários indicadores em conjunto, para obter uma análise mais precisa e completa. É importante levar em consideração todas as informações relevantes antes de tomar qualquer decisão de investimento.

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Ao invés de perder seu tempo procurando por essas informações em vários sites diferentes, como o da B3/CVM ou na página de RI (Relações com Investidores) de cada empresa, você pode ter acesso a tudo isso e muito mais de forma prática e rápida com a nossa ferramenta Scanner Pro.

Além de encontrar os Balanços e DREs (Demonstrativos do resultado do exercício), no Scanner Pro você também conta com análises e cálculos detalhados de diversos múltiplos e indicadores, de mais de 200 empresas da B3 que estão na nossa lista de cobertura. Economize tempo e tenha acesso a todas as informações de que precisa em um só lugar!

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Os 10 indicadores fundamentalistas mais importantes

Sem mais delongas, vamos agora falar sobre os 10 principais indicadores financeiros, que todo investidor precisa conhecer!

1. P/L (Preço / Lucro)

O P/L é um indicador muito popular na análise fundamentalista. Assim como o nome sugere, ele mostra a relação entre o preço de cotação da ação e o lucro que a empresa gerou no período analisado, através da seguinte fórmula:

P/L = P (preço da ação) ÷ LPA (lucro por ação)


De modo geral, se o P/L apresentar um resultado elevado pode ser sinal de que o mercado está aceitando pagar mais caro pelo lucro da companhia. Contudo, também pode significar que o lucro está baixo ou que o mercado está precificando o ativo acima do que efetivamente vale.

Por outro lado, um resultado de P/L baixo pode significar exatamente o contrário — e refletir um lucro maior ou que o papel está descontado. Ou seja, está sendo negociado a um preço menor do que deveria estar. Portanto, o P/L pode ser uma medida útil para avaliar o valor de uma empresa e tomar decisões de investimento.

2. P/VP (Preço / Valor Patrimonial)

O preço sobre o valor patrimonial (P/VP) é a relação entre o preço da ação o valor total da empresa, de acordo com o seu balanço patrimonial. Ou seja, o valor de seus ativos menos suas dívidas. Ele representa o valor líquido da empresa e reflete seu potencial de gerar lucros.

A fórmula para calcular o P/VP é:

P/VP = P (preço da ação) ÷ VPA (valor patrimonial por ação)


De modo geral, um resultado de P/VP elevado pode ser sinal de que o mercado aceita pagar mais pelo valor patrimonial da empresa. No entanto, também pode significar que o valor patrimonial está baixo ou que o mercado está valorizando o ativo mais do que ele deveria estar.

Por outro lado, um resultado de P/VP baixo pode indicar que o valor patrimonial é alto ou que o ativo está sendo negociado a um preço menor do que o esperado. Portanto, o P/VP pode ser uma medida útil para avaliar o valor de uma empresa e tomar decisões de investimento.

DICA: Se o P/VP for menor que 1 significa que a empresa está sendo negociada “abaixo do seu valor patrimonial”. Entretanto, é necessário investigar mais a fundo porque isso está ocorrendo, e tentar descobrir se é algum problema dentro da empresa, ou se o mercado de uma forma geral está em forte baixa. Quando a segunda opção ocorre, podemos estar diante de uma excelente oportunidade de investimento!

3. EBITDA

EBITDA é a sigla em inglês que significa “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization“, que em português se traduz para “Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização”, e pode ser abreviada como LAJIDA.

É uma medida utilizada para avaliar a rentabilidade de uma empresa, excluindo os efeitos de juros, impostos, depreciação e amortização das contas. Ela é considerada uma medida mais próxima do caixa da empresa, pois reflete o quanto ela é capaz de gerar de lucro a partir das suas operações correntes, sem considerar os efeitos de fatores financeiros ou contábeis.

A fórmula para calcular o EBITDA é:

EBITDA = Lucro antes de juros e impostos + Depreciação + Amortização


De modo geral, quanto maior o EBITDA de uma empresa, maior é a sua rentabilidade e capacidade de gerar lucro a partir de suas operações correntes.

No entanto, é importante lembrar que o EBITDA não é um indicador financeiro padronizado e pode ser manipulado de diversas maneiras (o famoso EBITDA ajustado), por isso é importante considerá-lo em conjunto com outros indicadores para uma análise mais precisa da empresa.

4. Margem EBITDA

A margem EBITDA permite comparar os resultados de empresas de diferentes tamanhos e formas de operação no mesmo setor, pois o valor apresentado é em percentual. Isso pode ajudar o investidor a identificar qual das empresas está operando de forma mais eficiente e lucrativa.

A margem EBITDA é uma medida que mostra a rentabilidade operacional da empresa, ou seja, quanto ela é capaz de gerar de lucro a partir de suas operações correntes. Ela é calculada dividindo o EBITDA, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, pela receita líquida da empresa.

A fórmula para calcular a margem EBITDA é:

Margem EBITDA = EBITDA ÷ Receita Líquida

Quanto mais alto for este número, mais lucrativa é a empresa.

5. ROI (Return on Investment)

ROI é a sigla para “Retorno sobre o Investimento”. É uma medida utilizada para avaliar a rentabilidade de uma empresa ou projeto, comparando o retorno que ele gerou com o valor investido.

É muito utilizado para comparar diferentes opções de investimento e escolher a que proporcionará o melhor retorno, e também pode mostrar se a empresa tem capacidade de cobrir seus custos e despesas com os lucros que está gerando.

A fórmula para calcular o ROI é:

ROI = (Lucro obtido – Valor investido) ÷ Valor investido


O ROI é expressado em porcentagem e mostra quanto o investimento gerou de retorno em relação ao valor investido. Por exemplo, um ROI de 20% significa que o investimento gerou um retorno de 20% do valor investido.

De modo geral, quanto maior o ROI de um investimento, mais rentável ele é considerado. No entanto, é importante lembrar que o ROI não deve ser utilizado de forma isolada para avaliar um investimento, mas sim em conjunto com outros indicadores e fatores, como o risco envolvido e o prazo de retorno do investimento.

6. ROE (Return on Equity)

O return on equity (ROE) permite avaliar a capacidade de uma empresa em gerar lucro com base em seu patrimônio. Ele é calculado através da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido da empresa em um determinado período, conforme a fórmula abaixo:

ROE = Lucro líquido ÷ Patrimônio Líquido


O valor do ROE é representado em percentual, e um número alto pode significar um sinal de que a empresa é capaz de gerar mais resultados com base em seu patrimônio, mas também pode ser influenciado por um patrimônio líquido relativamente baixo.

Por outro lado, um ROE baixo pode indicar que a empresa não está conseguindo gerar lucro com base em seu patrimônio, o que pode ser causado por um patrimônio líquido consideravelmente alto. É importante lembrar que o ROE deve ser avaliado em conjunto com outros indicadores financeiros para ter uma visão completa da situação da empresa.



7. DY (Dividend Yield)

O dividend yield é um indicador que mede o retorno que um investidor recebe em forma de dividendos em relação ao preço de uma ação. Ele é calculado dividindo o valor dos dividendos que a empresa distribui por ano pelo preço atual de suas ações. O resultado é expressado em porcentagem.

Por exemplo, se uma empresa distribui R$1,00 de dividendos por ação por ano e o preço atual de suas ações é de R$20,00, o dividend yield será de 5% (R$1,00 / R$20,00). Isso significa que o investidor receberá R$1,00 de dividendos por cada R$20,00 investidos na empresa.

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8. Payout

Dividend payout é a proporção de lucro que uma empresa distribui aos seus acionistas através de dividendos. É calculado dividindo o valor total de dividendos distribuídos pelo lucro líquido da empresa. O resultado é expressado em porcentagem.

Por exemplo, se uma empresa teve um lucro líquido de R$100.000,00 no último ano e distribuiu R$20.000,00 em dividendos, o dividend payout será de 20% (R$20.000,00 / R$100.000,00). Isso significa que a empresa distribuiu 20% de seu lucro aos acionistas através de dividendos.

O dividend payout é um indicador importante para investidores que buscam receber retornos através de dividendos. Empresas que possuem um dividend payout alto tendem a ser mais atrativas para esses investidores, pois estão distribuindo uma maior proporção de seu lucro aos acionistas. No entanto, é importante lembrar que o dividend payout não é o único fator a ser considerado na hora de investir em uma empresa. Outros aspectos como a saúde financeira da empresa, sua perspectiva de crescimento e o ambiente econômico em que ela atua também devem ser levados em conta.

9. Margem Bruta

A margem bruta é um indicador financeiro que mede a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de suas vendas, antes de considerar os custos operacionais e os impostos. Ela é obtida pela divisão do lucro bruto pelo total de receita líquida, ou seja, o total de vendas realizadas pela empresa descontando os impostos devidos. É expressa em porcentagem e pode ser calculada da seguinte forma:

Margem bruta = Lucro bruto ÷ Receita líquida x 100


O lucro bruto é o resultado obtido pela diferença entre as vendas e o custo dos produtos vendidos (COGS, na sigla em inglês). Já a receita líquida é o total de vendas realizadas pela empresa, descontando os impostos devidos.

Por exemplo, se uma empresa apresenta um lucro bruto de R$ 200.000,00 e uma receita líquida de R$ 500.000,00, a sua margem bruta será de 40%. Isso significa que a empresa conseguiu gerar um lucro de 40% sobre o total de vendas realizadas, antes de considerar os custos operacionais e os impostos.

A margem bruta é um indicador importante para avaliar a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de suas vendas. Ela permite comparar o lucro obtido com o total de vendas e verificar se a empresa está sendo eficiente em transformar suas vendas em lucro bruto. Além disso, a margem bruta também pode ser usada para comparar a performance de diferentes empresas do mesmo setor, permitindo identificar quais estão tendo maior sucesso em gerar lucro bruto a partir de suas vendas.


10. Margem Líquida

A margem líquida é um indicador financeiro que mede a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de suas vendas. Ela é obtida pela divisão do lucro líquido pelo total de receita líquida, ou seja, o total de vendas realizadas pela empresa descontando os impostos e tributos devidos. É expressa em porcentagem e pode ser calculada da seguinte forma:

Margem líquida = Lucro líquido ÷ Receita líquida x 100


Por exemplo, se uma empresa apresenta um lucro líquido de R$ 100.000,00 e uma receita líquida de R$ 500.000,00, a sua margem líquida será de 20%. Isso significa que a empresa conseguiu gerar um lucro de 20% sobre o total de vendas realizadas.

A margem líquida é um indicador importante para avaliar a saúde financeira da empresa, pois permite comparar o lucro gerado com o total de vendas e verificar se a empresa está sendo eficiente em transformar suas vendas em lucro. Além disso, a margem líquida também pode ser usada para comparar a performance de diferentes empresas do mesmo setor, permitindo identificar quais estão tendo maior sucesso em gerar lucro a partir de suas vendas.



Considerações Finais

Os indicadores de valuation são ferramentas importantes para avaliar o valor de uma empresa e auxiliar na tomada de decisão de investimento. Algumas considerações finais a serem levadas em conta ao utilizá-los são:

  1. Não existe um indicador de valuation “perfeito”: Cada indicador tem suas próprias vantagens e limitações, e é importante avaliar qual é mais adequado para a situação em questão. Além disso, é importante levar em conta outros fatores, como o cenário econômico e o setor em que a empresa atua, ao avaliar o valor de uma empresa.
  2. É preciso comparar com o mercado: Ao utilizar os indicadores de valuation, é importante comparar os resultados obtidos com o que está sendo praticado no mercado para ter uma noção mais precisa do valor da empresa.
  3. Utilizar mais de um indicador: É recomendado utilizar mais de um indicador de valuation para ter uma visão mais ampla e precisa do valor da empresa. Dessa forma, é possível minimizar os erros de avaliação e ter uma visão mais consistente do valor da empresa.
  4. Não se basear apenas nos indicadores de valuation: É importante levar em conta outros fatores, como a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa, sua posição competitiva no mercado e sua situação financeira, ao avaliar um investimento.

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Eduardo Teixeira
Scanner da Bolsa